
Era pouco mais de nove horas da manhã. O sol adentrava com um pouco de dificuldade pela janela suja, esquentando lentamente o aposento. Jesse andou cansado pelo quarto, empurrando a pesada madeira que sustentava os vidros, e abrindo a janela do quarto com um rangido lento.
Agora sem a barreira que a sujeira estava formando, grudada nos vidros, o sol adentrou o quarto com todo seu vigor, iluminando o pequeno aposento, ao mesmo tempo em que uma refrescante brisa, típica daqueles lados da Carolina do Norte, acariciava o rosto alvo da menina que ainda estava adormecida sobre a cama.
- Nada ainda? – A voz de Dan surgiu pelo vão da porta, seguida por seu rosto preocupado. Ele olhou para a garota por um breve momento, desviando em seguida o olhar para as costas de deu irmão, que estava parado em frente à janela, imóvel;
- Esta garota dorme mais do eu – Ele resmungou, passando a mão pelos cabelos, bagunçando-os ainda mais.
- Vou fazer algo de café-da-manhã. Gosta de panquecas?
- Não sei o que é mais estranho. A menina que dorme mais do que um qualquer ser vivo que eu já tenha visto, ou meu irmão que cozinha como uma garota.
- Cale a boca. – Dan murmurou irritado, desaparecendo rapidamente do quarto. Sorrindo, Jesse pôde escutar as escadas agonizando sob os passos duros e aborrecidos de seu irmão. Ficou sério novamente ao ouvir a menina suspirar profundamente, e olhou seu rosto. Em alguns lugares do mesmo, haviam marcas arroxeadas, e um comprido corte superficial estava evidente em sua testa pálida.
Nunca, em seus 26 anos, o rapaz havia se sentido tão culpado por ferir alguém.
Ele andou novamente para o outro lado do quarto, e retirou de cima da poltrona de couro branco o comprido casaco azul-marinho da menina. Jogou-o na ponta mais próxima da cama, após tirar de seu bolso um pequeno e velho livro, com capa de couro marrom. Escrito em sua capa, com grandes letras em tinta preta, estava ‘Romeo and Juliet ’
Interessado, o rapaz começou a folhear as velhas e amareladas páginas do livro, se sentindo tão absorto ao ponto de não perceber quando a menina em sua cama abriu seus grandes e confusos olhos escuros, e se sentou na cama, fitando-o curiosamente.
- Quem é você? – ela perguntou, com sua voz suave, sobressaltando o rapaz, que deixou que a pequena obra lhe escapasse aos dedos, caindo com um baque surdo no chão. Ele olhou para ela, abrindo um imenso sorriso.
Ver aquela garota, com os cabelos castanhos extremamente bagunçados, levantar de sua cama, trajando suas roupas, lhe dava uma idéia interessante para o momento.
- Quem é você? – a menina repetiu, franzindo o cenho enquanto o rapaz se abaixava para resgatar o livro que havia caído a seus pés.
- Eu deveria lhe fazer a mesma pergunta. – Jesse sorriu por um dos cantos dos lábios, balançando o pequeno exemplar encadernado de “Romeo and Juliet” por entre os dedos. A menina acompanhou o movimento com um olhar inexpressivo, como se refletisse sobre algo extremamente banal. De repente, seus olhos fitaram preocupados os do rapaz, e ela questionou:
- Nós... Dormimos juntos?
- Não. Não, claro que não! – Jesse disse rapidamente, derrubando mais uma vez o livro no chão, com um barulho surdo, e rindo nervosamente. Para ele, aquilo poderia ter sido realmente uma opção, caso ela não houvesse sido atingida pelo carro.
Colocando uma mecha de seus cabelos castanhos escuros para trás de um dos ouvidos, ela virou a cabeça lentamente, ainda olhando para ele inexpressivamente. Jesse pensou sobre o que poderia se passar na mente dela, e acrescentou desajeitadamente, enquanto abaixava-se mais uma vez para pegar o livro no chão.
- Não que eu não quisesse...
- O quê?
- Quero dizer, você é muito bonita...
- Do quê você está falando? – ela franziu o cenho – Afinal, dormimos ou não juntos?
- Não.
- Ah... Ainda bem.
Jesse Hooper sentiu uma onda de indignação correr por suas veias. Olhou para ela de modo ofendido, sem conseguir dizer sequer uma palavra. Muitas garotas dariam qualquer coisa para dormir com ele, e aquela garota estava simplesmente...
(Dispensando-o?)
... dizendo aquilo como se já conhecesse as intenções de Jesse.
Ela sorriu para si mesma na cama, encarando a feição ofendida do rapaz, acrescentou:
- Ainda bem, pois se eu tivesse feito sexo com você, gostaria de me lembrar de tudo.
Ele abriu a boca para responder novamente, mas não conseguiu pensar em nada para dizer naquele momento. O que, aliás, era algo incrivelmente raro, tratando-se de Jesse Hooper. Estava se sentindo realmente predisposto a pular na cama naquele exato momento, e fazer com que ela não se esquecesse um detalhe sequer. Mas ainda se sentia culpado pelo pequeno corte que se destacava abaixo da franja da garota, e pela pequena marca arroxeada na maçã de seu rosto, de modo que se manteve onde estava.
Um silêncio se instalou.
- Se não aconteceu nada entre nós noite passada... – ela foi a primeira a se manifestar – Então o que estou fazendo em sua cama?
Jesse se levantou da cadeira de couro, andando até a garota de olhos fechados, enquanto massageava as têmporas. A culpa estava pesando em suas costas novamente, e a provável reação que a garota poderia ter estava deixando-o levemente receoso.
- Noite passada... – ele começou a articular, enquanto sentava-se em seu lado, recostado na cabeceira de madeira escura. – Eu estava dirigindo meu carro, enquanto meu irmão mais novo não se calava. Você tentou atravessar a estrada em um momento de distração meu, e então eu...
- Foi você que me atropelou? – ela franziu novamente o cenho e, quando ele acenou que sim com a cabeça. – Caramba, doeu à beça.
- Sinto muito.
- Não foi culpa sua. Estava chovendo muito, e eu não deveria atravessar a estrada daquele modo. – ela sorriu com um dos cantos de seus lábios avermelhados.
Ele retribuiu o sorriso dela, de um modo sincero, esquecendo pela primeira vez o imenso sentimento de culpa que estava tendo desde o momento no qual seu precioso carro atingira a garota.
- Eu sou Jesse Hooper. – ele disse, estendendo uma das mãos para ela
- Ruby Ward – ela hesitou alguns instantes antes de dizer.
Mais um silêncio desconfortável entre os dois. Jesse abriu a boca diversas vezes para dizer algo, mas acabava desistindo, antes que a garota pudesse ouvir o que ele tinha a dizer. Por fim, quebrando o silêncio, ela olhou para si mesma, e indagou curiosa:
- Por que minhas roupas estão na ponta da cama, e eu estou usando suas roupas?
- Ah... – O rapaz coçou a cabeça, se sentindo imensamente desconcertado, ao ter que explicar a situação – Ontem à noite, quando você chegou, seu casaco estava extremamente molhado... Eu, bem, eu achei que... Você deveria... Quero dizer... Roupas secas.
- Você... – ela disse calmamente, pronunciando sílaba por sílaba, para ter a completa certeza de que havia entendido – retirou minhas roupas?
- Bem, eu estava pensando no seu bem e..
- Onde você estava com a cabeça? – Ela gritou de repente, com as correntes sanguíneas repletas de adrenalina. Ajoelhou-se sobre a cama, ouvindo o colchão ranger por sobre seus joelhos e apontando ameaçadoramente para Jesse, que se levantou da cama sobressaltado. – Você tirou minhas roupas quando eu estava desacordada!
- Opa, espera aí! – ele gritou, ajoelhando-se também na cama e ficando frente a frente com ela. – Eu só pretendia tirar o casaco, a culpa não é minha se você estava usando apenas ele sobre suas roupas íntimas.
- O quê?
- A propósito – ele sorriu do canto dos lábios, olhando para ela de cima a baixo, relembrando-se do que havia visto na noite anterior – Eu acho vermelho extremamente sexy.
- Você...Você é doente! – Ruby gritou, sentando-se na cama mais uma vez, afundando o rosto entre as mãos.
“Oh, mas que merda, Ruby! Olha onde você se meteu. Como irá voltar para casa agora? Por Deus, Elizabeth deve estar surtando”
(Ele é tão bonito...)
“Não, não é! Foco, Ruby, foco!”
(... Com os olhos esverdeados, este sorriso e...)
“Cale a boca!”
(Você o quer...)
“Não. Mas que droga! Não quero. Ele é um pervertido. E só, me trouxe para a casa dele e retirou minhas roupas”
(Por Deus, você preferia morrer de pneumonia? E bem que você queria retirar as roupas dele também, não é?)
A garota se levantou, sacudindo a cabeça para os lados até que sua própria voz fosse desaparecendo ao pouco, sussurrando o quão bonito era Jesse. Ela odiava este seu outro lado, impulsivo e repleto de instintos.
- Ei, ei, ei! – ele murmurou, enquanto ela andava lentamente para a porta do quarto onde estava. Foi quando ela olhou para trás, satisfeita por obter seu precioso silêncio mental novamente, e percebeu uma pequena trilha de sangue que estava deixando.
Olhou para seu próprio corpo, e viu a blusa masculina que usava, com algumas manchas vermelhas. Tocou-as e sentiu um palpitar desconfortável em sua barriga, enquanto sentia um pouco de sangue quente escorrendo pelo ferimento que ali havia.
- Noite passada... – o rapaz atrás dela começou a falar, cautelosamente – Você se machucou muito. Contusões, cortes, e uma provável fratura na costela... Bem, eu sei que não sou nenhum médico, mas te aconselharia a repousar.
- Não quero repousar. – ela murmurou– Não posso. Tenho que voltar para casa, ou minhas irmãs ficarão preocupadas.
Jesse começou a se perguntar se as irmãs de Ruby eram bonitas como ela. E também se usavam lingeries vermelhas.
- Eu te levo em casa.
- Não, obrigada.
- Não estou lhe perguntando. Vou te levar em casa... Mas...
- Mas?
- Apenas coma alguma coisa comigo e com meu irmão. Ele está lá em baixo preparando algumas panquecas, e eu imagino que você esteja com fome.
Antes que Ruby pudesse educadamente recusar a oferta, seu estômago interviu ruidosamente. Jesse sorriu para ela e deu a volta em torno da cama, parando defronte à garota extremamente satisfeito.
- Isto responde tudo.
E antes que ela dissesse algo, ele segurou delicadamente em sua mão, e começou a puxá-la em direção às escadas, andando devagar como se acompanhasse uma senhora de setenta e poucos anos.
- Eu poderia lhe levar no colo, mas sua barriga está sangrando, acho melhor eu evitar que você tenha alguma espécie de ataque de nervos. – ele murmurou, com um sorriso enviesado.
Chegaram à pequena cozinha, toda revestida em madeira branca, e Ruby se deparou com um rapaz, bastante parecido com Jesse, mas com cabelos que formavam caracóis castanhos sobre sua cabeça. Quando o viu de mais perto, percebeu também que seus olhos eram mais vivos e brilhantes que os do mais velho. O rapaz usava um avental de cozinha, no qual estava escrito algo que ela não conseguiu ler, e carregava uma travessa cheia de panquecas recém feitas.
Sempre apoiada por Jesse, a garota mancou até a mesa, sentando-se em uma cadeira de madeira. O rapaz que usava o avental, disse para o irmão:
- Ouvi gritos?
- Nossa amiga aparentemente não gostou de minha precaução para que ela não adoecesse. E nem venha me dizer que...
- Eu te avisei – Dan revirou os olhos, colocando a grande e quente vasilha de panquecas sobre o forro xadrez, vermelho e branco, que cobria a pequena e redonda mesa de madeira. Olhando mais de perto, Ruby notou que os pedaços finos e arredondados de massa, estavam cobertos por alguns desenhos feitos por mel, que formavam um rosto sorridente.
- Eu me sinto com cinco anos quando você coloca rostos em minhas panquecas. – Jesse murmurou, puxando uma cadeira para se sentar. A madeira rangeu, ao arrastar sobre o piso, e o rapaz se sentou o mais perto que podia da menina à mesa.
- Às vezes, você age como se tivesse menos que isto.
Jesse imitou o irmão com uma voz fina e infantil; Ruby se lembrou de seu irmão menor, que deveria estar em casa, preocupado com ela. Crispou seus lábios.
- Me desculpe, eu não me apresentei. Sou Dan.
- Ruby. – a menina estendeu a mão sobre a mesa, apertando polidamente à do rapaz. Quando ele soltou sua mão, ela pôde finalmente ler o que estava escrito em seu avental, e tentou não rir. ‘Sexy Chef’. – Você deve ser o irmão bonzinho.
- Nerd – Jesse acrescentou, mas o irmão fingiu não ouvir.
- Ele é o agressivo. – Dan murmurou, atraindo risadas da menina.
Pararam abruptamente de rir, quando a melodia da campainha inundou o aposento. Os irmãos se entreolharam, esquecendo completamente as brincadeiras que haviam feito, segundos atrás, e se levantaram juntos, andando até a porta de um modo bastante suspeito.
Ruby podia jurar que viu Jesse segurando uma.38, mas, quando sacudiu a cabeça novamente, a arma havia desaparecido, e ela entendeu como mais um devaneio de sua mente.
Jesse, já fora do campo de visão de Ruby, olhou preocupado para seu irmão, e empunhou uma .38, que estava guardada na parte de trás de sua calça, abaixo da jaqueta de couro que usava. Dan abriu lentamente a porta, tendo um leve calafrio ao imaginar o que os esperaria do outro lado, e quando um raio de luz solar entrou, pela fresta da porta, iluminando a casa escura no qual se encontravam, os três indivíduos naquele aposento puderam ouvir risadas. Femininas.
- Mas o quê? – Dan franziu o cenho, olhando para o irmão, que colocava a arma no lugar e abria a porta com um grande puxão. Paradas em frente a ela, estavam cinco garotas. Todas pálidas, com os cabelos castanhos, e muito parecidas.
- Olá! Vocês devem ser os novos vizinhos – a que parecia a mais nova delas disse, sorridente. As outras cochichavam e apontavam para os dois rapazes, que estavam ainda sem entender o que estava acontecendo.
- Você apostou na loteria e eu não estou sabendo? – Jesse sussurrou para o irmão, com um sorriso imenso em seu rosto.
O mais velho dos Hooper passou seu olhar sobre cada uma das meninas à sua frente. Todas bonitas, quase da mesma altura, e parecidas. Quando deu uma segunda olhada para elas, agora com mais atenção, se sobressaltou ao fitar os olhos de uma garota em especial.
Ruby estava entre aquelas cinco.
- V-você não estava...? Lá dentro? – Jesse se desconcertou imensamente, apontando confuso para dentro de casa, e para a menina à sua frente. Deu alguns passos para trás, olhando para a mesa da cozinha, onde Ruby ainda estava, olhando curiosa para os dois irmãos.
- O quê? – a outra Ruby, à porta, olhou para os dois com a dúvida evidente em seus olhos. Dan estava com a testa franzida, encarando-a tão estranhamente quanto seu irmão.
- Acho que estou enlouquecendo. – Jesse sussurrou para o irmão.
- Então somos dois. Também notei que há duas Ruby’s por aqui.
- Vocês estão bem? – uma das meninas perguntou preocupada, colocando uma mecha comprida e encaracolada de seus cabelos castanhos para trás do ombro. Mas antes que sequer um dos dois pudesse responder à pergunta que a menina havia feito, Jesse sentiu uma mão delicada sobre seu ombro.
- O que houve, Jesse? – ele ouviu novamente a voz suave de Ruby, e quando olhou para trás, ela estava lá, olhando para ele, desatenta às garotas que havia na porta.
- Ruby? – todas as cinco garotas, que se encontravam do lado de fora da casa, gritaram em uníssono. A menina finalmente olhou para as cinco, parecendo entender quem eram, ela ficou extremamente vermelha, e olhou para o chão.
- Mas que safada você é! – a outra Ruby gritou, antes que um dos dois pudesse novamente dizer algo. Ela sorriu maliciosamente para a irmã, que se escondeu atrás de Jesse – Nós aqui, vindo cumprimentar os vizinhos, e você já passou a noite por aqui!
- É por isto que não voltou para casa noite passada – a mesma que havia perguntado aos irmãos se eles estavam bem, soltou uma risada baixa.
- Ficamos preocupadas, Ruby! E você estava aqui se divertindo com os dois. – a mais alta delas disse, com um leve tom de repreensão.
- Não é nada disso – Ruby exclamou, surgindo de detrás dos rapazes, muito vermelha.
- Eu sabia que dentro desta minha gêmea malvada, havia uma garota carente, pronta para uma noite de sexo casual com seus vizinhos. – a outra Ruby disse, orgulhosa pela irmã.
- Vocês entenderam tudo errado!
- Com qual dos dois você dormiu? – a mais nova delas perguntou extremamente animada, como se esperasse que a irmã fosse contar-lhe os detalhes ali mesmo.
- Com nenh...
- Espere aí! – a única que não havia se manifestado ainda exclamou séria. Quando obteve o silêncio, sorriu com uma empolgação maior do que deveria– Você fez sexo com os dois?
Uma série de risadinhas, cochichos e comentários nada interessantes invadiram as cinco meninas, que estavam tentando ponderar sobre a possível noite sexual de sua irmã. Jesse e Dan, ainda parados à porta sem entender muita coisa, olharam para Ruby. Ela estava mais vermelha que nunca.
- Ah Ruby – Jesse sorriu, passando a mão por sobre a cintura da menina – Pode contar, foi uma loucura.
- Jesse – Dan exclamou, enquanto as irmãs fitavam os três, com uma expressão incrivelmente chocada, como se tivessem a mais completa certeza de que aquilo era apenas uma brincadeira, e nunca chegaria a acontecer.
- Você é doente – ela disse mais uma vez para ele, erguendo uma de suas sobrancelhas – E eu nunca, jamais dormiria com alguém como você.
Os burburinhos que percorriam as cinco garotas à porta pararam bruscamente. O silêncio seria absoluto, se não fosse pelo som assustador do vento, entrando por algumas janelas quebradas da casa, e alguns passarinhos que voavam para o leste.
Daniel Hooper não agüentou, e começou a rir.
- Hm, me desculpem... Ruby, você quer que eu busque suas roupas? – Dan se prontificou rapidamente, vendo o olhar mortal que estava recebendo de seu irmão mais velho.
- Por favor, Dan.
O rapaz deu meia volta, e logo os sete presentes puderam ouvir as escadas gemendo sobre seus passos. Jesse olhou mal-humorado para a rua asfaltada que havia sob o ombro das meninas, e Ruby olhou do mesmo modo para os próprios pés. A outra Ruby se adiantou a ele, e disse sorrindo:
- Desculpe não nos apresentarmos. Somos suas novas vizinhas, irmãs de Ruby. Meu nome é Roxanne, mas pode me chamar de Roxy!
- Sou Lucy – respondeu a menor delas.
- Meu nome é Elizabeth
- Eu sou Suzannah
- E eu Chelsea.
- Muito prazer, eu sou Jesse Hooper... – Jesse murmurou, ainda com um mau-humor tremendamente evidente em seu rosto, enquanto apertava a mão de Roxy. Alguns incômodos segundos de silêncio depois, e Dan estava de volta, trazendo nos braços o úmido casaco azul-marinho, pertencente à Ruby.
- Vocês não querem entrar?
A Ruby rente à porta, Roxanne, abriu a boca para responder, mas antes que fizesse algo, a outra Ruby, que segurava um úmido casaco em seus braços, murmurou:
- Não, Dan... Hoje não. Tenho muito a fazer, e creio que minhas irmãs também.
Ela olhou para o casaco em suas mãos, em seguida para as cinco fora da casa, que estavam estarrecidas com a resposta que ela havia dado. Lançou um sorriso educado para Dan, seguido a um simples olhar, sem significado, para Jesse.
- Volte para devolver minha blusa – este murmurou, com um sorriso brotando em seus lábios. Ruby revirou os olhos, e entregou o casaco na mão de sua irmã gêmea. Em seguida, ergueu os braços, e retirou a blusa de Jesse ali mesmo, jogando-a contra seu dono.
Ele, novamente, pôde contemplar a roupa de baixo da garota.
Dan também.
- Não tem a necessidade de nos encontrarmos novamente, obrigada. – ela respondeu, secamente, tomando seu grande casaco em mãos, e vestindo-o rapidamente.
Antes que ela terminasse de fechar os dourados botões que adornavam seu casaco, Jesse fitou o corte sangrento na barriga da garota, que havia manchado a blusa que ele agora tinha amassada contra o peito.
- Tchau, Dan. – ela murmurou gentilmente, dando meia volta e passando por entre suas irmãs. Não lançou sequer um olhar para trás, e foi seguida por todas as suas irmãs, que antes se empenharam em despedir educadamente de ambos os irmãos Hooper.
Quando as cinco entraram pela porta da frente de uma grande casa branca, exatamente em frente à casa deles, Dan fechou a porta lentamente, no que Jesse questionou aborrecido enquanto segurava sua blusa:
- O que há de errado com aquela garota?
Uauuuuuuuuu..... muito bom cara!!! o clima de i hate you.. i hete you morre.. ta perfeito kkkkkkk.... amiga eu vou concerteza ficar dependente desse livro!! ou melhor jah estou neh! me lembrei na hora que as garotas chegaram lah na casa deles, do que vc disse que elas iam achar!! hahhahhh Ruby safadinha ennn!!! quero ver se ela nao vai mesmo ceder ao gato do hooper!
ResponderExcluirNão presiso dizer que jah sou fã numero 1* então pode tratar de escrever muuuuiiiiito pq eu to divulgando tah!
Bjinnsss!!!! good luck! lov you!